Reni Adriano na abertura da Exposição UEIM: “Revistas e suplementos culturais: passado-presente-futuro”

ImagemReni Adriano. Escritor, consultor em leitura e literatura. Graduado em filosofia pela PUC-SP, há 12 anos se dedica à mediação de leitura e formação de leitores públicos, sobretudo com adolescentes. É blogueiro de conteúdo de educação para leitura e escrita do Portal Ecofuturo e mediador do projeto Leituras em Órbitas do SESC Bom Retiro.

Confiar no texto, habitar os livros: boas práticas de leitura em bibliotecas comunitárias

De 2009 a 2012, o autor teve a oportunidade de conhecer as ações de leitura promovidas por profissionais de bibliotecas comunitárias em 11 estados brasileiros. A reflexão sobre essas práticas resultou em um livro a ser publicado no segundo semestre de 2014, através do Instituto Ecofuturo. É sobre esse material inédito que se baseia a sua fala do dia 5 de maio, na abertura da exposição “Revistas e suplementos culturais: passado-presente-futuro”. O objetivo é refletir sobre os muitos caminhos possíveis para o encontro dos textos literários e seus potenciais leitores.

Descartando as “práticas mirabolantes” que muitas vezes são adotadas na busca desesperada pela formação de leitores, o autor observa a relevância de estratégias que foquem no essencial: o contato com o texto. “Se o texto é potente e o nosso trabalho é mediar encontros de pessoas com livros, foquemos nisso: na relação entre leitores e textos. O resto é acessório. Quando nos ocupamos demais com dinâmicas mirabolantes, talvez estejamos confiando pouco no poder da leitura, na potência dos livros. Nos esquecendo, talvez, da nossa própria experiência de leitores que somos”.

Além disso, a reflexão põe em destaque os múltiplos sentidos mobilizados pelas bibliotecas que dialogam o tempo todo com o espaço público – praças, ruas, feiras livres, shoppings, hospitais, asilos… “Para que todos tenham o direito de experimentar o silêncio melodioso do contato intenso com os livros, é preciso que cada um tenha a chance de encontrar uma biblioteca no meio do caminho. Às vezes, concretamente, com seu espaço físico, seu prédio; outras vezes, emergindo de gestos leitores em pleno espaço público”.

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